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  • Foto do escritorExtensão em rede: tecer o comum

Cuidando de quem cuida

As pandemias têm um alcance global de destruição em massa e historicamente têm sido mais devastadoras do que qualquer outro tipo de desastre. Em situações emergências como essa, grupos de profissionais de saúde enfrentam altas jornadas de trabalho, racionamento de cuidados pessoais e de saúde, além de lidar com fatores estressantes recorrentes, por exemplo, medo constante de contaminação.


Diante deste quadro, o projeto “Acolhimento em saúde mental para profissionais de saúde ligados à pandemia do COVID-19”, coordenado pela professora Milena Dorea de Almeida, do campus Paulo Freire, procura fornecer acolhimento psicológico inicial e escuta qualificada aos profissionais de saúde no atual contexto da Pandemia do COVID-19. A equipe de docentes envolvidos na coordenação do projeto conta ainda com: Rebeca Valadão, Roberta Scaramussa, Alexandre da Cunha Peixoto e Ezequiel Batista do Nascimento.


Pelas características e objetivos das funções, o fazer dos profissionais de saúde neste momento apresenta complexidades que envolvem: experiências, sofrimentos, proximidade da morte, imprevisibilidade do resultado do trabalho, fluxos rígidos e urgentes de atividades, variedade de histórias de adoecimento e sofrimento de pacientes e familiares.


Portanto, esses profissionais apresentam maior risco de desenvolver psicopatologias como Depressão, Transtornos de Ansiedade, Transtorno de Estresse Pós-traumático e Síndrome de Burnout, que podem levar ao suicídio, uma expressão ruidosa do sofrimento subjetivo. Estipula-se ainda que tais condições levam a situação de esgotamento emocional que tem alguns efeitos para o próprio sistema de saúde, sendo comum o absenteísmo entre trabalhadores, chegando até 20 e 30%.


Tais resultados comprometem negativamente a capacidade dos serviços de saúde em responder às demandas crescentes durante uma pandemia, um fato explicado devido ao adoecimento psíquico dos profissionais. Como uma emergência em larga escala sobrecarrega e causa impacto ocupacional nos profissionais de saúde, a resposta adotada pelas organizações de saúde é apostar no investimento massivo de cuidados ao bem-estar físico e emocional a esses profissionais. Desta forma, a prestação de cuidados psicológicos básicos durante ou após um evento traumático possibilita articular um conjunto de ações importantes para mitigar o estresse ocupacional, interromper processo de adoecimento psíquico e promover resiliência entre a classe de profissionais de saúde no contexto de pandemia.


Confira nossa entrevista com as professoras Milena Dorea e Rebeca Valadão




 

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